O bebê real

28 de Fevereiro de 2014

De repente eu era babá de um bebê real. Kate Middleton depositou toda sua confiança em mim e eu tinha a responsabilidade de cuidar do bebê mais importante da Inglaterra. No primeiro dia de vida do mini príncipe fiz um passeio com ele por longos corredores. Após isso, encaminhei-me para o quarto, para deixá-lo descansar. No momento em que fui colocá-lo no berço, o bebê parou de respirar e ficou gelado. Prendi a respiração, me desesperei e fui correndo chamar a médica real. Ela o examinou e anunciou a sua morte. “Ele morreu. Posso sentir o peso da raiva do povo nas minhas costas”. Num momento de pânico, saí correndo para me esconder. Durante a fuga, percebi que estava em Paris, França. Então tive a ideia de me esconder em cima do Arco do Triunfo. “Aqui é muito alto, ninguém vai subir para me procurar”. Tenho medo de altura e quando termino minha escalada, sinto vertigem, a visão fica embaçada, o ar some do peito. Ao lado do monumento, há um prédio e coincidentemente, a família de um amigo. Ele tinha vários irmãos e todos com roupas bem parecidas. Ele me vê deitada e começa a gritar, pedindo que eu desça, falando que não valia a pena ficar ali. Faço a descida, há policiais por toda parte e o tempo está nublado. Desço e ninguém me prende. Sigo adiante, respirando normalmente, mais tranquila. Entro num café e encontro minhas amigas. Uma delas discute com o garçom, mas não entendo porque e continuo ali, tomando um cafezinho e assistindo o bate-boca.

Concurso Cultural Planeta Terra Festival 2013 – 505 Indie

5 de Novembro de 2013

Por que você merece esse par de convites para o Planeta Terra Festival?

Eu mereço ir ao festival, pois se eu não for, a única
maneira de ver Blur no CAMPO DE MARTE vai ser no photoshop do trabalho! =/

Chuvaterapia

24 de Janeiro de 2013

Gosto quando estou deitada na cama, despreocupada com a vida e de repente o mundo cai em chuva. Repentina e intensamente. Mesmo calor, a chuva refresca os pensamentos. O som traz alívio. Confortável.

Resgate de amizades

15 de Janeiro de 2013

Depois de um ano agitado, a calmaria se instala. Calmaria nos impulsos, conhecimentos, curiosidades, expectativas. Tudo o que é necessário está por perto. Concentração, atenção integral. A calmaria levou à distância e ao estranhamento. Destino, fase, período. A intimidade de conversas casuais é lenda. O lema é “quanto tempo!”. Como se resgata amizades antigas? Amizades de pouco tempo ou aquelas de apenas risadas? A fórmula é esquecer o espaço, torna-se outra pessoa e conhecer os velhos amigos. Quando se esquece, tudo vai adiante, continua. Em amizade, não tem tempo para mágoas, raiva ou cansaço. Pílula de esquecer.

Romance

8 de Janeiro de 2013

Como escrever um romance? Pensar nos personagens, suas características e detalhes, no encontro destes, motivação para a paixão, amor como consequência, crises previstas, brigas improvisadas, distrações alcoólicas, tapas imaginários, agressão verbal, sexo como alívio, sexo como esporte, sexo como conforto, afeto na pele, carinho como cuidado, divergência como um papo amigável, defeitos como realidade, complexidade como complemento, amor por simplicidade.

Escrever histórias de ficção ou pessoais? Escrever histórias, reais ou fantasiosas. O real é fantasioso, a história é como a realidade, pode ser calculada e impulsiva, ao mesmo tempo. Viver é melhor que escrever. Escrever é melhor do que não viver.

Não gosto de falar, gosto de escrever. Para falar é necessário estar armado. Dormir é compartilhar inconsciência. Sorrir é explosão de ansiedade. Pele é história real, cheiro registrado. Amor é soma.

Nosferatu e orifícios

4 de Novembro de 2012

Não sei como começou mas o que a memória deixou registrado foi o medo. Estava encurralada pelo Nosferatu. Quando tentava me soltar do seu abraço, ele me envolvia mais. Quando se mexia, se exaltava. Estava presa.

[Acordei, respirei e sonhei]

Uma cirurgia estava sendo sorteada nas redes sociais. Uma cirurgia para abrir os orifícios do corpo. E era o que as adolescentes mais queriam. A representante da propaganda era uma menina de 15 anos. Não sei qual o nexo, mas a menina sorteada não morava no meu bairro e mesmo assim ficou instalada em uma casa na vizinhança. Os moradores tinham alugado a casa só pra isso. Eu, curiosa, entrei. A casa era maior do que na realidade e tinha bastante gente circulando por ela. A cirurgia foi executada e a imprensa não parava, procurando assunto. Eu entrei na cozinha, abri a geladeira, peguei um champanhe e saí andando pela casa. Alguém comentou que aquela bebida era pra comemorar aniversário de namoro e eu não deveria ter pegado. Depois disso, as pessoas me olhavam com desprezo.

“Nostalgia”, Vivendo do Ócio

26 de Setembro de 2012

 

“Eu só queria tomar um vento na cara…”
Não sou fã da banda Vivendo do Ócio, mas essa música é boa, confortável. Traduziu o que tenho pensado.

 

Música “Nostalgia”

 

Álbum “O Pensamento É um Ímã”

As perguntas mais frequentes

26 de Setembro de 2012

Por que você é tão séria? Por que tanto silêncio? Você está brava? Por que você não se interessa por trabalhos domésticos? Você está bem? Você sorri? Qual foi a última vez que você fumou? Conseguiu? Não? Você está chegando? Já falou com tal pessoa? Você pode vir? Por que você tá enchendo o meu saco? Por que você não viaja pra fora, pra se descobrir? Ainda não saiu da cama? Por que não aprende a fazer um bolo? Por que não bebe mais um pouco? Por que você é tão mal humorada? Você não sofre com isso? O que você sonhou hoje? Por que você roeu a unha? Pode dividir em quantas vezes? Por que tanto orgulho? Sabe o caminho pra sua casa? Por que você não põe um batom? Seus pais estão bem? Já descobriu o que fazer da vida? Quando vai tirar a carta de motorista? Você tem sentimentos? Teve infância? Por que você não volta para a igreja? Você reza todas as noites antes de dormir? Vai voltar que horas? O que você vai fazer hoje? Do que sente saudade? Qual a saída para a Paulista? Esse ônibus passa no Brás? Vai pro metrô hoje? Será que vai chover? Quais pendências de hoje? Por que as pessoas são tão egoístas? Vamos fazer uma banda? Vamos almoçar juntas amanhã? Você tá falando a frase todo dia? Qué uma bolacha? Quando a gente vai viajar? Hoje tem jogo? Gravou?

Infância, presente, futuro

23 de Agosto de 2012

Lembrar de sensações quando se é criança, do vento, do corpo, é tão assustador. A liberdade atual não é íntima, o limite permanece subtendido. O conforto almejado é o objetivo de vida. Isolamento macio e limpo, silencioso, sem pressão ou prazos. Penso sobre minha vida e permaneço como criança, ansiosa e medrosa. Fecho os olhos, sinto o vento no rosto e lembro como eu aproveitava os momentos da infância. Fecho os olhos e volto ao presente com a mesma intenção de aproveitar meu tempo. Meu limite precisa desaparecer.

Resgate no ar

20 de Agosto de 2012

Sonho da minha mãe, hoje a tarde, após o almoço.

“Entrei em um elevador que andava só para frente, como o metrô. E logo que entrei, ouvi alguém dizer, de fora, que o elevador havia disparado, sem controle. Estava sozinha e comecei a ficar nervosa. Apertei todos os botões para ver se parava, mas não adiantou. Após um longo percurso, o elevador parou e consegui sair. Pra eu voltar ao ponto inicial, precisava pegar um outro elevador. Dessa vez, eu e uma senhora iríamos embarcar. Como estava insegura, esperei ela entrar primeiro. Mas essa senhora entrou no elevador, apertou um botão e saiu, não embarcou. E eu permaneci sozinha no elevador. Dessa vez estava mais rápido. Um dos meus irmãos conseguiu um helicóptero para me resgatar. Durante a operação, vi minha cunhada, minha irmã e minha sobrinha no helicóptero, que estava próximo a um avião. Este avião seria meu ponto seguro. Um resgate no ar. Depois de muito sufoco, saí do elevador e entrei no avião. Meus parentes, no helicóptero, guiavam a frente o avião, e voltamos para São Paulo. ”

-Acordei agitada, meu coração estava disparado.